quarta-feira, 25 de junho de 2014

Monumento da Campanha "O Petróleo é Nosso"



Talvez o monumento mais curioso na Praça da Alfândega, sendo composto por uma torre de extração de petróleo cuja autoria é desconhecida. A ideia da obra foi motivada em 1960 por alunos do Colégio Júlio de Castilhos a favor do movimento "O Petróleo é Nosso" que defendia o monopólio estatal da extração no Brasil.

A homenagem ficava originalmente de frente a estátua do General Osório, sendo em 1964 removida, mostrando um conflito com a perspectiva política da Ditadura Militar. No meio da década de 80 a torre foi encontrada abandonada no Horto Florestal de Porto Alegre do Parque Saint Hilaire. Em 1986 ela volta para a Praça em local próximo do antigo Banco Nacional do Comércio (atual Santander Cultural) e entre 1997 e 1998 foi colocada de frente a sede do Banrisul (ALVES, 2004). Com a reforma ocorrida recentemente na Praça da Alfândega, o monumento voltou a ser localizado perto do Santander Cultural, sendo que uma placa de 2009 faz alusão a reinstalação do marco em defesa do monopólio da extração do pré-sal.





ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Monumento ao Barão de Rio Branco

Rivalizando com a Estátua do General Osório em termos de monumentalidade dentro da Praça da Alfândega, a obra que homenageia José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco) foi mobilizada pelo Clube Militar dos Oficiais da Guarda Nacional em março de 1912, época em que fazia um mês da morte do estadista. Após concorrência pública, o projeto da oficina de João Vicente Friederichs acabou sendo o escolhido. Ficou a cargo de Alfred Adloff a execução da obra, sendo este um de seus primeiros trabalhos em solo brasileiro (ALVES, 2004).
Uma curiosidade da época de produção foi que as duas estátuas (do homenageado e a representação da República) seriam originalmente fundidas na Alemanha em 1914, mas a peça feminina ficou retida no Porto de Santos, sendo que a estátua do Barão retornou pronta para o Brasil em fevereiro de 1915. Com o advento da Primeira Guerra Mundial, ficou inviável a ida da República para solo alemão, sendo esta finalmente  fundida em bronze na própria oficina de João Vicente Friederichs (ALVES, 2004; DOBERSTEIN, 2002).
A obra foi inaugurada em 7 de setembro de 1916 em uma área privilegiada na frente da sede dos Correios e Telégrafos contando com uma grande cerimônia militar tendo Vieira Pires como orador oficial. Nos anos de 1924 e 1929 delegações do Uruguai fixaram placas comemorativas no pedestal da obra (ALVES, 2004).
O conjunto escultórico apresenta o Barão segurando os óculos em uma mão e na outra documentos que, segundo Alves (2004), representam os tratados que o estadista assinou em nome do Brasil. A estátua feminina é uma alegoria da República pois porta uma grande bandeira brasileira e oferece uma coroa de louros (peça já roubada) para o homenageado em gesto de gratidão (ALVES, 2004). Também se destacam os quatro painéis que cobrem as laterais do pedestal.








ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2002.

Busto de Caldas Júnior

Obra de 1913 feita por Luís Sanguin em concorrência pública promovida pelo jornal Correio do Povo para homenagear o seu fundador, Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior. A inauguração do busto ocorreu em 13 de dezembro de 1913, cerca de 8 meses após o falecimento do homenageado, sendo originalmente situado na Praça XV de Novembro. Em 1932 a obra foi transportada para a Praça da Alfândega, onde se encontra atualmente (ALVES, 2004).
Infelizmente um relevo de uma palma no pedestal foi roubado recentemente. Resta ainda a reprodução da capa da primeira edição do Correio do Povo, sendo esta colocada em 1 de outubro de 1975 (ALVES, 2004). Assim como o busto de Antônio Carlos Lopes, a homenagem para Caldas Júnior se encontra em um jardim cercado distante do passeio público.


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Herma de General Artigas


Monumento sem autoria que fora colocado na Praça Revolução Farroupilha em 1987, após a reformulação deste local, a obra acabou transferida sem o pedestal e placas originais para a área limite da Praça da Alfândega (ALVES, 2004). 




ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.