quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Resquícios de uma Revenda de Carros

Recentemente o prédio que abrigava um empreendimento da Tabacaria Tamanduá (que há tempos atrás era o badalado Café Segredo) fechou e está em obras. Quado iniciadas as atividades de reforma um sintomático banner da antiga revenda Volkswagen Unidos veio à tona. Para muitos (como eu) nem imaginavam que o local abrigou a primeira sede da empresa na década de 60, ainda quando a Unidos era uma representante da Vemag, vendendo os DKWs (CONCESSIONÁRIA VOLKSWAGEN UNIDOS AUTOMÓVEIS, 2014). 



CONCESSIONÁRIA VOLKSWAGEN UNIDOS AUTOMÓVEIS. Quem somos. Disponível em: . Acesso em: 27 ago. 2014.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Teorema




Última obra atualmente a ser abordada dentro da Praça da Alfândega, o Teorema foi feito entre os anos de 1967 e 1968 por Bruno Giorgi. A obra era originalmente localizada abaixo da marquise do Badesul, na rua sete de setembro, com a incorporação do referido banco, esta acabou sendo transportada para a frente da agência central do Banrisul.




 ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.


quarta-feira, 25 de junho de 2014

Monumento da Campanha "O Petróleo é Nosso"



Talvez o monumento mais curioso na Praça da Alfândega, sendo composto por uma torre de extração de petróleo cuja autoria é desconhecida. A ideia da obra foi motivada em 1960 por alunos do Colégio Júlio de Castilhos a favor do movimento "O Petróleo é Nosso" que defendia o monopólio estatal da extração no Brasil.

A homenagem ficava originalmente de frente a estátua do General Osório, sendo em 1964 removida, mostrando um conflito com a perspectiva política da Ditadura Militar. No meio da década de 80 a torre foi encontrada abandonada no Horto Florestal de Porto Alegre do Parque Saint Hilaire. Em 1986 ela volta para a Praça em local próximo do antigo Banco Nacional do Comércio (atual Santander Cultural) e entre 1997 e 1998 foi colocada de frente a sede do Banrisul (ALVES, 2004). Com a reforma ocorrida recentemente na Praça da Alfândega, o monumento voltou a ser localizado perto do Santander Cultural, sendo que uma placa de 2009 faz alusão a reinstalação do marco em defesa do monopólio da extração do pré-sal.





ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Monumento ao Barão de Rio Branco

Rivalizando com a Estátua do General Osório em termos de monumentalidade dentro da Praça da Alfândega, a obra que homenageia José Maria da Silva Paranhos Júnior (Barão do Rio Branco) foi mobilizada pelo Clube Militar dos Oficiais da Guarda Nacional em março de 1912, época em que fazia um mês da morte do estadista. Após concorrência pública, o projeto da oficina de João Vicente Friederichs acabou sendo o escolhido. Ficou a cargo de Alfred Adloff a execução da obra, sendo este um de seus primeiros trabalhos em solo brasileiro (ALVES, 2004).
Uma curiosidade da época de produção foi que as duas estátuas (do homenageado e a representação da República) seriam originalmente fundidas na Alemanha em 1914, mas a peça feminina ficou retida no Porto de Santos, sendo que a estátua do Barão retornou pronta para o Brasil em fevereiro de 1915. Com o advento da Primeira Guerra Mundial, ficou inviável a ida da República para solo alemão, sendo esta finalmente  fundida em bronze na própria oficina de João Vicente Friederichs (ALVES, 2004; DOBERSTEIN, 2002).
A obra foi inaugurada em 7 de setembro de 1916 em uma área privilegiada na frente da sede dos Correios e Telégrafos contando com uma grande cerimônia militar tendo Vieira Pires como orador oficial. Nos anos de 1924 e 1929 delegações do Uruguai fixaram placas comemorativas no pedestal da obra (ALVES, 2004).
O conjunto escultórico apresenta o Barão segurando os óculos em uma mão e na outra documentos que, segundo Alves (2004), representam os tratados que o estadista assinou em nome do Brasil. A estátua feminina é uma alegoria da República pois porta uma grande bandeira brasileira e oferece uma coroa de louros (peça já roubada) para o homenageado em gesto de gratidão (ALVES, 2004). Também se destacam os quatro painéis que cobrem as laterais do pedestal.








ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2002.

Busto de Caldas Júnior

Obra de 1913 feita por Luís Sanguin em concorrência pública promovida pelo jornal Correio do Povo para homenagear o seu fundador, Francisco Antônio Vieira Caldas Júnior. A inauguração do busto ocorreu em 13 de dezembro de 1913, cerca de 8 meses após o falecimento do homenageado, sendo originalmente situado na Praça XV de Novembro. Em 1932 a obra foi transportada para a Praça da Alfândega, onde se encontra atualmente (ALVES, 2004).
Infelizmente um relevo de uma palma no pedestal foi roubado recentemente. Resta ainda a reprodução da capa da primeira edição do Correio do Povo, sendo esta colocada em 1 de outubro de 1975 (ALVES, 2004). Assim como o busto de Antônio Carlos Lopes, a homenagem para Caldas Júnior se encontra em um jardim cercado distante do passeio público.


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Herma de General Artigas


Monumento sem autoria que fora colocado na Praça Revolução Farroupilha em 1987, após a reformulação deste local, a obra acabou transferida sem o pedestal e placas originais para a área limite da Praça da Alfândega (ALVES, 2004). 




ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Estátua Fuga

José Francisco Alves (2004) detalha em seu livro que em 1980 o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS) teve um projeto de ocupar espaços da Praça da Alfândega com obras pertencentes ao seu acervo. Duas obras foram colocadas sendo uma de autoria de Miriam Obino e outra de Karoly Pichler, esta segunda já não se encontra mais na praça. A estátua de Obino retrata uma mulher em movimento de corrida, anos atrás ela estava bem degradada mas foi restaurada recentemente junto com o projeto de revitalização da Praça da Alfândega.


Estátua do General Osório

Monumento ícone da Praça da Alfândega por sua localização privilegiada em um alto pedestal. O general Cipriano da Costa Ferreira foi o líder da comissão formada em 1929 para concorrência pública de uma homenagem ao marechal Manoel Luís Osório, patrono da Cavalaria do Exército e herói da Guerra do Paraguai. No regulamento original estava prevista que a estátua deveria ser pedestre e que o autor fosse brasileiro nato. No ano de 1931 foi escolhido o projeto do carioca Hildegardo Leão Velloso, sendo que houve uma flexibilização nas regras permitindo assim que Osório fosse retratado montado em um cavalo (ALVES, 2004).
Em 7 de agosto de 1933 foi feita uma grande cerimônia de inauguração com João Maia como orador oficial e representando o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Existiu também uma medalha comemorativa a ereção do monumento em 1933 (ALVES, 2004). Até hoje o o único furto do local foi de uma placa que era fixada na parte frontal do pedestal, sendo que a estátua está com ótima conservação. Uma curiosidade citada por Alves (2004) foi a queda da estátua em um vendaval no ano de 1966, causando grandes danos. Posteriormente ela foi restaurada e recolocado no local onde está até hoje.


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Cabeça de Arnaldo Ballvé

Continuando na sequência de posts com obras da Praça da Alfândega, esta é uma cabeça feita por Paulo Ruschel a pedido da "Radiofonia gaúcha" e inaugurada 1962. Alves (2004) comenta que uma placa sobre o homenageado fora roubada em 1999. Nota-se que atualmente existe uma placa mas possivelmente esta seja uma cópia da original. A obra originalmente tinha um óculos, mas este foi retirado e deixado sob a guarda da Associação Riograndense de Imprensa. O monumento se encontra em um dos piores lugares da praça em termos de iluminação, sendo que passa quase despercebido pela população que circula pelo local.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Busto de Antônio Carlos Lopes

Outro busto localizado na Praça da Alfândega sendo este inaugurado em 7 de setembro de 1936 em cerimônia com o oficial Paranhos Nunes discursando. O busto é de autoria de Walter Drechsler e em seu projeto inicial previa que o monumento fosse circulado por dois muros onde estátuas de leões faziam o arremate, inexplicavelmente esta ideia nunca saiu do papel (ALVES, 2004). 
O pesquisador José Francisco Alves (2004) aponta duas curiosidades nas placas comemorativas fixadas no monumento. O primeiro é a inscrição "A Antônio Carlos Lopes homenagem dos Tiros de Guerra no Centenário Farroupilha", sendo que o ano do centenário foi em 1935, sugere-se que existiu um atraso de um ano na inauguração. O segundo ponto é este ser mais um dos monumentos que apresenta alusões ao falso bicentenário de Porto Alegre pela seguinte placa já roubada: "Ao fundador dos Tiros de Guerra homenagem dos Tiros 4 e 318 / Bi-centenário de Porto Alegre 1740-1940".
O destaque negativo é que o monumento está situado no meio de um grande jardim cercado na Praça da Alfândega, ficando muito distante do passeio público, tornando assim difícil a leitura de sua placa. A foto do post tem uma qualidade ruim por este exato motivo.


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Busto de Leonardo Truda

Busto em homenagem a Francisco Leonardo Truda, jornalista e um dos fundadores do Instituto Geográfico e Histórico do Rio Grande do Sul. A obra foi inaugurada em 17 de novembro de 1956 na Praça da Alfândega em cerimônia com discursos de Cilon Rosa. A localização da obra dentro do logradouro público tem importância pois é de frente onde funcionou a antiga sede do jornal Diário de Notícias. Leone Lonardi assina o trabalho, sendo que originalmente existiam na base do pedestal uma pilha de jornais em bronze, sendo estes roubados em agosto de 1999 (ALVES, 2004). 


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

terça-feira, 20 de maio de 2014

O Polêmico Busto do Barão de Santo Ângelo

Obra criada em 1918 por Eduardo de Sá após uma avalanche de polêmicas com o escultor Pinto de Couto. O homenageado é o Barão de Santo Ângelo (Manoel Araújo Porto Alegre) que foi um pintor e poeta que apoio o inicio do movimento artístico brasileiro. Segundo Alves (2004), o monumento havia sido instalado na Praça da Alfândega em janeiro de 1918, mas somente em 17 de junho de 1918 é que foi inaugurado com cerimônia onde discursou Alcides Maia. O pedestal em granito foi executado por Antônio Cadória e para Doberstein (2002) apresenta volutas que representam claves de sol. Existia um ornamento em bronze de uma harpa com três estrelas, mas este foi roubado há muito tempo atrás (ALVES, 2004).
A polêmica que permeia a obra advém do concurso nacional publicado no jornal A Federação de 25 de abril de 1917. Dos cinco autores que se inscreveram, dois foram selecionados para serem julgados, sendo Eduardo de Sá e Pinto de Couto. Em 2 de junho o jornal divulga Sá como o vencedor da concorrência. Couto discordou da escolha feita e pediu que o intende José Montaury e o Presidente do Estado Borges de Medeiros enviassem os dois projetos para avaliação na Escola Nacional de Belas Artes (ALVES, 2004). 
Logo após a divulgação do ganhador, surgiram diversas opiniões que também divergiam sobre a proposta escolhida, principalmente no jornal Última Hora. Mesmo com a divergência, nada mudava na situação do resultado, foi então que Pinto de Couto publicou um livro intitulado "O Monumento ao Barão de Santo Ângelo" já em 1918. O autor nomeia o fato como o "caso das maquetes" e enuncia que sua representação do Barão de Santo Ângelo, que era feita com um busto de meio corpo onde o homenageado segurava uma aquarela, representa a principal faceta de reconhecimento do Barão: a pintura (ALVES, 2004).
O grande problema do projeto de Pinto de Couto pelo visto foi destacar apenas o aspecto da pintura dentro da vida de Manoel Porto Alegre, ou seja, seria uma espécie de simplificação. Eduardo Guimarães que fez parte da comissão julgadora dos projetos, apontou que a obra desclassificada era simplista por tratar apenas uma faceta do homenageado e até mesmo vulgar pelos seus adereços (ALVES, 2004).



A placa da imagem acima foi fixada posteriormente, originalmente no pedestal o texto havia sido colocado letra por letra. (ALVES, 2004).

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2002.



segunda-feira, 19 de maio de 2014

Samaritana


Talvez uma das estátuas mais comentadas nos últimos anos em Porto Alegre, a Samaritana estava desde 2002 fora da Praça de Alfândega, sendo o seu retorno praticamente uma década depois. Mas como comentou Chaves (2012) a peça que está atualmente no local é uma cópia, tendo em vista que a original sofreu uma ação de depredação tão grande que foi cortada ao meio.

A estátua da Samaritana original foi feita por Alfred Adloff em 1925 e ficava na frente do Paço Municipal sendo transferida em 1935 para a Praça da Alfândega. Doberstein (2002) comenta que o apelido "samaritana" é equivocado para a obra pois ela se parece muito mais com uma camponesa portando um cântaro.


Imagens da atual estátua na Praça da Alfândega

CHAVES, Ricardo. Estátua da Samaritana. Disponível em: . Acesso em: 19 maio 2014.

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2002.


quarta-feira, 14 de maio de 2014

Casa Estilo Missões Sendo Modificada

Uma casa no Estilo Missões (para saber mais acesse o artigo de Jorge Stocker) na Rua André Puente está sofrendo uma intervenção para criar um terceiro piso. Visualmente a fachada perde sua importância original, onde a nova parte destoa do estilo arquitetônico empregado na edificação de época.



Imagem retirada do Google Maps antes da atual obra

terça-feira, 6 de maio de 2014

Escadaria da Rua João Manoel

O Centro de Porto Alegre sempre sofreu por estar em parte situado em uma área alta. Até o início do Século XX existiam diversas ruas para interligar a parte elevada da região central com a sua mais baixa, mas devido a problemas estruturais estas viravam becos fétidos pelo acúmulo de lixo. Um dos becos que mais trazia problemas de saneamento era o da Rua João Manoel que liga a Duque de Caxias com a Fernando Machado (FESTUGATO, 2012).
Por se tratar de uma área com acentuado declive, foi apresentado um projeto de 1928 da Seção de Desenhos da Comissão de Obras Novas onde escadas e rampas eram usadas para sanar o problema, sendo este o escolhido. Possivelmente a ideia tenha sido de autoria de Christiano de la Paix Gelbert , como também foi o caso da Escadaria da Rua Dom Sebastião já citada no blog. Outro detalhe histórico é que a construção foi executada pela firma de Theo Wiederspahn sendo iniciada em 28 de agosto de 1928 e entregue em 3 de fevereiro de 1929 (FESTUGATO, 2012).
A escadaria apresenta um desenho com balaustradas na parte alta, sendo que o caminho leva a um amplo patamar onde existem duas escadas laterais para chegar na parte intermediária do trajeto. Existiam dois bancos na parte superior e dois conjuntos de luminárias, sendo que estes elementos já não existem mais. É notório que o projeto original servia como uma espécie de mirante onde se podia admirar o Guaíba, mas com o passar do tempo prédios e o crescimento desregulado da vegetação ocuparam toda a área, fazendo com que a Escadaria da Rua João Manoel perdesse o seu charme de outrora. Com isso também veio sua depredação, tornando o local até de certa forma ermo e usado constantemente para necessidades fisiológicas de transeuntes.





Imagem da vista que a escadaria tinha. Retirado de Festugato (2012, p. 45)

FESTUGATO, Taísa. A arquitetura de Christiano de la Paix Gelbert em Porto Alegre (1925-1953). 2012, 180 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura)-Programa de Pesquisa e Pós-Gradução em Arquitetura, Faculdade de Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/67061> . Acesso em: 06 maio 2014.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Monumento a Francisco Assis Brasil

Monumento que consistia em uma herma de Assis Brasil, dois grandes painéis laterais em relevo e uma placa de homenagem que ficava na parte central do pedestal. A obra foi inaugurada em 24 de dezembro de 1942 sendo Luís Sanguin seu autor. A cerimônia de inauguração aconteceu com a presença da viúva do homenageado, Lídia de Assis Brasil e teve Raul Pilla como orador (ALVES, 2004).
A herma feita por Luís Sanguin foi exposta em 1940 em um evento comemorativo ao antigo bicentenário de Porto Alegre. Os painéis em relevo apresentavam a cena de Assis Brasil discursando para um grupo de pessoas e outra de uma paisagem rural com dois trabalhadores e um boi. Alves (2004) aborda este monumento como alvo de constantes depredações dentro do Parque Farroupilha, sendo as placas originais roubadas ainda na década de 60. Em 1977 existiu uma campanha que acabou restaurando estas peças, sendo novamente levadas em outubro de 1999. Consta no livro de José Francisco Alves que a herma foi retirada pela prefeitura antes que também a levassem.


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.


quarta-feira, 23 de abril de 2014

Obelisco da Comunidade Sírio-Libanesa

Obra com sete metros de altura no meio do Parque Farroupilha e com todas as placas de identificação já roubadas. O obelisco foi inaugurado no dia 27 de outubro de 1935 na área fronteira entra a Avenida João Pessoa com a Setembrina, sendo deslocado nos anos 70 para a construção do Viaduto Imperatriz Leopoldina (ALVES, 2004).
A autoria do monumento pode ser dividida em duas partes já que a estrutura do marco é diferenciada dentro de outros obeliscos existentes na cidade. O projeto da peça foi feito por Francisco Bellanca e todos os detalhes em bronze por Alfred Adloff (ALVES, 2004). Atualmente somente restou a monumental peça desprovida de suas placas e relevos, onde eram retratadas cenas como um barco navegando e outra que mostrava um cavaleiro com um cedro (árvore símbolo do Líbano). Também existiam na base um conjunto de quatro cabeças de leões em alto relevo.



ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

terça-feira, 22 de abril de 2014

O Marco a Tiradentes

Post atrasado, já que ontem (21/04/2013) foi o feriado em homenagem a Tiradentes. Em 2010 o ArquivoPOA publicou detalhes sobre o monumento ao mártir da Inconfidência Mineira feito por Vasco Prado. Hoje é apresentado o marco colocado dentro da Praça da Matriz em 21 de abril de 1972 para lembrar a memória de Joaquim José da Silva Xavier. Conforme consta na placa, a pedra do marco foi colocada sobre uma porção de terra vinda da cidade onde nasceu Tiradentes.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

O Busto de Jerônimo Coelho

Para fechar a semana de postagens do blog um sobrevivente na Praça Dom Feliciano, trata-se do busto criado por Marino Malinverni em 1975 para homenagear Jerônimo Coelho. A peça mesmo estando em um lugar escuro e escondido dentro da praça, teve a "sorte' de sofrer apenas o furto de sua placa, onde constava a mensagem "Jerônimo F. Coelho/ Fundador da Imprensa Catarinense/ Homenagem do Poder Legislativo de Santa Catarina à Imprensa do Rio Grande do Sul/ Em 2.12.1975" (ALVES, 2004, p.131).

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O Busto de Mário Totta

Mais um monumento totalmente depredado dentro da Praça Dom Feliciano, dessa vez é o busto que homenageava o médico Mário Totta. A peça era localizada na esquina da Rua Senhor do Passos com a Professor Annes Dias.

Segundo a descrição de Alves (2004), o monumento foi inaugurado em 11 de maio de 1951, sendo de autoria de André Arjonas. A cerimônia de inauguração contou com a presença de Ildo Meneguetti, o prefeito Eliseu Pagliolli e discursos do professor Martins Gomes. O projeto da área onde fica a homenagem foi executado por Francisco Bellanca, sendo que o local é próximo do antigo Berçário da Santa Casa que havia sido criado por Mário Totta.

O busto apresentava o homenageado com vestimentas típicas do ensino superior da época. Existiam três relevos, sendo o maior retratando o símbolo da Medicina sobre uma pilha de livros. Os relevos menores estavam localizados nas laterais do pedestal, sendo um apresentando a cena de um médico junto ao paciente e outro de crianças brincando em uma árvore (ALVES, 2004). Infelizmente nada disso sobreviveu ao ataque do tempo e dos vândalos, sobrando apenas o pedestal pichado.
Foto do dia em que o monumento foi inaugurado. Retirado de Alves (2004, p.122).

Estado atual do Monumento já sem o busto e os relevos


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

terça-feira, 15 de abril de 2014

O Que Sobrou do Busto de Eduardo Guimarães

Mais um triste "achado arqueológico" é a base do pedestal que pertencia a um monumento em homenagem ao poeta Eduardo Guimarães. Conforme Alves (2004), o busto foi criado com ajuda da fundação que levava o nome do artista, sendo que na época era presidida por Athos Damasceno. 
O busto foi executado por Luís Sanguín no ano de 1938, sendo que inaugurado em 30 de março de 1944 na Praça Dom Feliciano. A obra era também acompanhada por uma placa com a mensagem "Homenagem da Fundação Eduardo Guimarães ao Seu Patrono". (ALVES, 2004).
Por fim se deve atentar a história que culminou com o estado atual de completa remoção da obra na paisagem da Praça Dom Feliciano. Alves (2004) conta que na área onde estava localizado o monumento existiam arbustos crescendo ao redor do pedestal que o sustentava. Em janeiro de 2001 ocorreu o primeiro roubo, sendo levado apenas o busto, após alguns dias, a peça foi recuperada pela polícia. Em 2002 a escultura voltou a seu local original, mas em 2004 a obra foi levada por inteiro, sendo também removido o seu pedestal.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Casa Perdida no Meio da Escadaria

A escadaria 24 de Maio guarda em seu leque arquitetônico uma antiga casa totalmente desfigurada e no melhor estilo "lacrado". Aparentemente o local era uma residência com um porão que acompanhava o declive da rua. Nota-se a fachada totalmente descaracterizada e preenchida por cimento, mas alguns detalhes ainda podem ser vistos, como o caso de uma antiga sacadinha e as colunas falsas.Pelo visto a área foi fechada para alguma futura venda



sexta-feira, 11 de abril de 2014

O Apollinário Roubado

Sempre triste fazer posts sobre locais que não existem mais na cidade, principalmente monumentos que buscam resguardar aspectos históricos. O renomado professor Apollinário José Gomes Porto Alegre (mais conhecido como Apollinário Porto Alegre) foi homenageado em 1927 com um busto de meio corpo feito por Alfred Adloff (ALVES, 2004). A obra localizava-se na Praça Argentina sendo este sítio selecionado por ser o local onde o homenageado costumava estacionar seu automóvel.

A estátua de Apollinário era uma das mais distintas dentro do acervo de Porto Alegre, pois retratava o homenageado pensativo e segurando a obra "Popularium Sul Riograndense" de sua autoria. As laterais do pedestal apresentavam livros e um relevo sobre a educação. Alves (2004) afirma que os relevos foram roubados antes de 1997 e a estátua em março de 2003. No local resta apenas o pedestal como fóssil do que uma época foi monumento.



Ao lado a reprodução do busto em seu local em 1999. Retirado de Alves (2004, p. 215)


O pedestal sem nenhum detalhe do monumento

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Sobradinhos Abandonados na Duque de Caxias

Perto do final da Rua Duque de Caxias existem 3 antigos sobradinhos que estão em total estado de abandono. O conjunto do post é composto por uma casa geminada que se soma a uma edificação vizinha.


Visão geral do conjunto

As casas geminadas apresentam dois relevos com a figura de leões localizados acima da entrada de cada recinto. Os detalhes são expressivos e apresentam florões ao estilo Barroco onde cada figura é arrematada por uma pequena janela. Nota-se que a casa mais escura está oca, tendo todo o seu interior destruído. Aberturas foram "lacradas" com paredes de cimento e o gradil ao estilo Art Nouveau de uma das sacadas foi removido.


Na imagem se pode notar que a casa está  destruída


A sacada de uma casa perdeu o gradil e as aberturas originais

A casa ao lado apresenta também alguns detalhes ornamentais, mas mais discretos quando comparados ao conjunto vizinho. As aberturas da sacada e uma porta também foram "lacradas". A edificação aparenta ser uma casa dividida para abrigar duas famílias ou um conjunto de moradia mais escritório, tendo em vista a existência de duas portas.

 O local apresentava duas portas de entrada

Detalhe da sacada com gradil e relevos