quinta-feira, 27 de março de 2014

Abandonado no Início da Cristóvão

Prédio com características do início do Modernismo está abandonado na Avenida Cristóvão Colombo. O local aparenta ser um antigo conjugado de lojas com apartamentos. A fachada apresenta detalhes em Art Déco e na parte superior existe a inscrição "CR", que provavelmente eram as iniciais do nome da família que era proprietária do local.


quarta-feira, 26 de março de 2014

Monumento aos Açorianos

Aniversário de Porto Alegre e nada melhor do que um post com um dos símbolos da cidade. O Monumento aos Açorianos foi inaugurado em 26 de março de 1974 e buscou homenagear os imigrantes que começaram a povoar as terras do que no futuro viria a ser a capital gaúcha. 
O trabalho de autoria de Carlos Gustavo Tenius foi solicitado diretamente ao artista pela Prefeitura de Porto Alegre, sendo que chegou a ser cogitado que o projeto fosse feito em conjunto com Vasco Prado e Francisco Stockinger, fato que não aconteceu (ALVES, 2004). O conjunto escultórico é formado por pessoas em movimento que elevam uma espécie de figura alada, sendo que esta estrutura lembra um barco.
Alves (2004) comenta que mesmo com a monumentalidade e pelo destaque que a obra tinha, alguns teóricos criticaram o trabalho de Tenius pelo fato de usar um material não usual em monumentos e pela linguagem moderna. Atualmente o local foi cercado para que obras de restauração fossem executadas tendo em vista uma ação proferida pelo Ministério Público sobre o estado lastimável de conservação da obra.





ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

terça-feira, 25 de março de 2014

Busto da Imperatriz Leopoldina

Busto que era localizado em uma estrutura de granito com concreto ao lado do Viaduto Imperatriz Leopoldina. O marco foi colocado em 1974 junto com a inauguração da referida obra viária, sendo este executado pelo escultor Miltom Catão (ALVES, 2004). Infelizmente a obra foi furtada ou vandalizada, tendo em vista que no local restou apenas seu pedestal contendo os detalhes da homenagem.



ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Abandonado na Doutor Flores

Antigo sobrado que estava devastado pela passagem de tempo. Se não me falha a memória a fachada há alguns anos atrás estava tapada por um outdoor, sendo que ainda é possível notar as estruturas da referida instalação. Outra intervenção lamentável foi o fechamento das janelas do prédio. Nunca encontrei informação sobre a história do local, mas se que é uma construção do início do século XX pelo uso de pequenos elementos decorativos em relevo. A edificação parece estar sendo preparada para uma possível reforma, vamos cuidar para ver o que sai dali. 


sexta-feira, 21 de março de 2014

Antiga GaúchaCross

Fechando a semana com um post menos acadêmico. A concessionária GaúchaCross era especializada na venda de componentes para motocicletas e também serviços de manutenção. Registros comerciais apontam seu no ano de início de atividades em 1986 e baixa por volta dos final dos anos 90. O complexo é composto por uma grande área na Avenida Protásio Alves onde existem duas edificações. Provavelmente uma servia para a venda e outra para atividades de mecânica. A área foi comprada pelo Grupo Zaffari, sendo que em uma futuro próximo sirva para sede de um novo shopping da bandeira Bourbon.  Por ser um local distante para recolhimento de fotografias, este post se utiliza de imagens do Google Maps e Google Street View.






quinta-feira, 20 de março de 2014

Dica: Arquitetura Modernista em Porto Alegre


Título: Arquitetura Modernista em Porto Alegre: entre 1930 e 1945
Autor: Günter Weimer
Editora: Prefeitura de Porto Alegre
Ano: 1998
Páginas: 173

Livro que baseou todas as postagens referentes ao Modernismo do blog. O autor divide a obra em 6 capítulos, sendo um deles dedicado a prédios que na época já haviam sido demolidos. O material se deriva de uma solicitação feita pelo Documentation and Conservation of Buildings, Sites and Neighbourhoods of the Modern Movement (DOCOMOMO) para um inventário de prédios posteriores a Segunda Guerra Mundial. A pesquisa foi inteiramente feita nos arquivos de microfilmes da Prefeitura de Porto Alegre compreendidos no período de 1892 a 1957.

A obra apresenta uma rápida revisão sobre a história no final do século XIX e início do XX e seu impacto para a criação do que viria a ser o Modernismo. Cada edificação apresentada é detalhada por uma ficha de identificação, descrição, histórico, estado atual do edifício e as razões para seleção da edificação. Vale destacar o trabalho de Weimer de recriar plantas e desenhos de cada prédio.

O Início do Modernismo em POA: Prédios Demolidos

Como foi tratado nos dois posts passados (Moinhos Rio-Grandense e Chaves), o blog está fazendo uma revisão sobre o Modernismo em Porto Alegre através do livro "Arquitetura modernista em Porto Alegre: entre 1930 e 1945" publicado em 1998 por Günter Weimer. Hoje a postagem será uma seleção de vários prédios citados como demolidos já na época da referida pesquisa. Por esta razão a parte gráfica será totalmente calcada em digitalizações que fiz em casa. Até de certa forma desculpem a precariedade de algumas imagens, mas fiz o possível para que ficassem boas.

Deve-se ressaltar que o presente post de maneira alguma busca infligir os direitos autorais do professor Günter Weimer. Penso que o material que ele produziu em 1998 é uma fonte riquíssima para compreender a arquitetura moderna na cidade. Por esta razão que tomo a iniciativa de publicar aqui alguns desenhos que originalmente estão contidos no livro. Weimer apresenta no capítulo “Prédios modernistas demolidos ou não encontrados” uma seleção de 29 edificações. Não vou comentar todos, apenas os que estavam compreendidos no período inicial.


1 – Fábrica de Móveis Frederico Trein Marquat & Cia (1927)


A fábrica era localizada na Avenida Voluntários da Pátria 417/421, sendo caracterizada como uma grande edifício de dois andares sem ornamentações aparentes. O único motivo que poderia servir de adorno eram as pilastras com capitéis na fachada. Assim como no Moinho Chaves, o prédio se utilizava de planta livre. Para Weimer (1998) o projeto seria atribuído a Carl Friedrich Fick da empresa Fick Irmãos.


Retirado de Weimer (1998, p.33)

2 – Casa da Varig (1927)

Weimer encaixa em seu livro a respectiva construção como sendo da corrente da objetividade arquitetônica em Porto Alegre. Esta situava-se como a produção imediatamente após a Primeira Guerra Mundial, onde os empresários viram uma Europa que deveria se recuperar estruturalmente, forçando ainda mais a baixa nas exportações.
A Casa da Varig era localizada na Ilha dos Marinheiros e foi projetada por Carlos Hartmann. Nota-se uma estrutura totalmente desprovida de ornamentação, mas existe a adesão ao padrão clássico de composição formada por base, fuste e coroamento (WEIMER, 1998). Outro aspecto importante (e até mesmo esquecido) sobre o local é sobre o início da aviação em Porto Alegre. Por não existir na época uma pista, o transporte aéreo era feito por hidroaviões que usavam o Guaíba como local de pouso.


Retirado de Weimer (1998, p.37).

3 – Residência de Felizberto de Azevedo (1929)

Residência localizada na Rua Marechal Floriano e projetada por Egon Weindoerfer pela firma Azevedo Moura & Gertum. Weimer (1998) definiu este prédio como o primeiro a ter características Modernistas bem definidas na cidade.


Retirado de Weimer (1998, p.88).

 4 – Residência de Johann Wihan (1930)

Edificação que era localizada na Avenida Gravataí, Bairro Cristal. O projeto seria do proprietário e engenheiro tcheco Johann Wihan, sendo construído pela firma Dyckerhoff & Wiedmann (WEIMER, 1998). A residência se utiliza da total racionalização formal e trabalha com arestas arredondadas, o que viria quase que um padrão nas primeiras casas modernas.


Retirado de Weimer (1998, p.90).

5 – Residência Oswaldo Coufal (1931)

O endereço original da residência era na Avenida Guaíba esquina com a Flamengo. O projeto foi de João Antônio Monteiro Neto, funcionário da firma Barcelos & Cia (WEIMER, 1998). Pereira (2013) assinala que a respectiva residência funcionava para os finais de semana da família, uma espécie de casa de veraneio. O local apresentava um terraço com uma grande laje onde podia-se ter uma ampla vista para o Guaíba. Os peitoris metálicos que cercam o terraço são a marca registrada do local, fazendo com que pareça um deck de navio, característica utilizada pela vertente Art Déco.


Retirado de Weimer (1998, p.91).

6 – Escola Deutscher Hilfsverein (1931)

A escola ficava no terreno onde hoje está localizado o Hotel Plaza São Rafael, sendo que esta foi demolida em 1958. O projeto de Julius Lohweg apresenta similaridade com o da Residência Oswaldo Coufal por apresentar o uso do terraço como área de uso comum e remetendo ao desenho de um deck de navio. 


Retirado de Weimer (1998, p.92).

7 – Residência Gerhard H. W. Karl (1933)

Não se sabe ao certo o autor do projeto, apenas que o engenheiro construtor foi Willy Stein (WEIMER, 1998), sendo esta uma das poucas residências com 3 andares. A construção era localizada na Rua Américo Vespúcio.


Retirado de Weimer (1998, p.97).

8 – Posto SAGOL (1934)

Empreendimento que era localizado na Avenida João Pessoa esquina com a José Bonifácio, sendo que posteriormente fez parte da Exposição Farroupilha de 1935. Foi projetado por Egon Weindoerfer através da firma Azevedo Moura & Gertum. Apresenta uma composição simples com ênfase para a aresta do depósito arredonda, algo típico da expressão do Modernismo. Vale destacar que o sanitário do local era masculino, tendo em vista que o meio automotivo na época era uma atividade essencialmente de homens.


Retirado de Weimer (1998, p.99).


PEREIRA, Cristiano Zluhan . Entre textos e projetos: o arquiteto João Antônio Monteiro Neto em Porto Alegre. 2013, 388 f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura)-Programa de Pesquisa e Pós-Gradução em Arquitetura, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2013. Disponível em: < http://hdl.handle.net/10183/67859> . Acesso em: 20 mar. 2014.

WEIMER, Günter. Arquitetura modernista em Porto Alegre: entre 1930 e 1945. Porto Alegre: Prefeitura de Porto Alegre, 1998.

quarta-feira, 19 de março de 2014

O Início do Modernismo em POA: Moinho Chaves

O Moinho Chaves é citado no livro de Günter Weimer como a segunda edificação de Porto Alegre com os pressupostos que futuramente viriam a compor o Modernismo. A edificação localizada na Avenida Voluntários da Pátria foi projetada em 1919 pelo renomado arquiteto Theo Wiederspahn. A fachada apresenta a inscrição "1920" sendo provavelmente o ano em que o local ficou pronto, anteriormente essa era a sede do então chamado Moinho Porto-Alegrense (WEIMER, 1998).
Como citado no post anterior, o Moinho Chaves apresenta uma extrema simplificação de sua fachada, sendo notados apenas motivos geométricos e o símbolo da Família Chaves Barcellos. Deve-se ressaltar que Theo Wiederspahn também projetou o prédio da Cervejaria Bopp, sendo este o exato oposto em termos estéticos em comparação ao moinho. Weimer (1998) aponta a edificação como de grande importância a nível internacional, pois a construção pode ter sido a primeira dentro da capital a se utilizar do conceito de planta livre, sendo assim, o local não apresenta paredes internas. O autor ainda afirma que a edificação adquiriu em sua época de inauguração notório reconhecimento pela técnica construtiva diferenciada. 


O local abrigou durante muito tempo a atividade de moinho, sendo desativado para comportar um depósito de produtos químicos. Até alguns anos atrás o prédio serviu de sede comercial para a empresa Ferramentas Gerais. No período em que esta firma administrou o local, a fachada apresentava as cores verde e branco em alusão a logomarca do respectivo empreendimento. Atualmente quem explora comercialmente a área é a Dufrio Refrigeração, sendo que toda a fachada do prédio foi pintada em tons pastel. 



WEIMER, Günter. Arquitetura modernista em Porto Alegre: entre 1930 e 1945. Porto Alegre: Prefeitura de Porto Alegre, 1998.

terça-feira, 18 de março de 2014

O Início do Modernismo em POA: Moinho Rio-Grandense

Em posts recentes foram abordados diversos prédios com a temática do Modernismo, principalmente de inspiração Art Déco, como foi o caso dos hotéis Carraro e Jung. Günter Weimer fez um importante estudo sobre o Modernismo na cidade que culminou com o excelente livro "Arquitetura modernista em Porto Alegre: entre 1930 e 1945" publicado em 1998. 
Nesse post é apresentado o Moinho Rio-Grandense que pode ser tomado como um percursor do Modernismo na cidade. Para uma melhor contextualização do impacto desta edificação no estudo da arquitetura de Porto Alegre, devemos como era a situação das construções fabris no período anterior ao início da Primeira Guerra Mundial. Esta época se caracterizou pelo mercado de exportações aquecido, fazendo com que os empresários da capital acumulassem capitais. Isto refletiu na arquitetura que era criada na época, Weimer (1998) apresenta como exemplo típico do período o prédio da Cervejaria Bopp, rico em motivos ornamentais.


Fachada ornamentada da antiga Cervejaria Bopp (atual Shopping Total), sendo estes detalhes onerosos para a obra.

Entretanto com o início da Primeira Guerra as exportações sofreram uma grande redução em seu fluxo de negócios, criando uma crise entre mercados internacionais. Isto afetou o Rio Grande do Sul e consequentemente Porto Alegre, por outro lado o comércio interno acabou aquecido. Esta mudança de mercados fez com que a acumulação de capital fosse drasticamente reduzida. Os investimentos fabris foram de certa forma criados, mas foram empregados de uma maneira não tão exacerbada quanto no período anterior a Guerra. Isto fez com que a arquitetura industrial fosse simplificada, eliminando assim os elementos decorativos e dando preferência em características de funcionalidade do conjunto arquitetônico (WEIMER, 1998). 
A primeira edificação que se utilizou dos preceitos decorrentes da nova realidade econômica foi o Moinho Rio-Grandense. O prédio localizado na Voluntários da Pátria teve seu projeto aprovado pela prefeitura em 1915 sendo assinado por Antônio Faria dos Santos (WEIMER, 1998). Por ser de um período do aquecimento da industrialização para o comércio interno, nota-se que o moinho preza pela funcionalidade e não se utiliza de motivos ornamentais, algo pioneiro para a época.


Estado atual do prédio. Nota-se a inexistência de motivos ornamentais.

Weimer (1998) aponta o prédio do Moinho Rio-Grandense como de importância internacional por suas soluções formais. Estas características foram vistas como de gosto duvidoso para a época, mas após o fim da  Primeira Guerra, acabaram dialogando com o que viria postulados do Modernismo.

WEIMER, Günter. Arquitetura modernista em Porto Alegre: entre 1930 e 1945. Porto Alegre: Prefeitura de Porto Alegre, 1998.

segunda-feira, 17 de março de 2014

Casa Estilo Portuguesa na Andradas

Um antigo prédio com estilo português (azulejos na fachada) está agonizando enquanto aguarda um possível comprador. O local tem a sua história ainda nebulosa, sendo que em um excelente post organizado por Cougo e Zat (2013), descobriu-se algumas atividades residenciais e comerciais que o local abrigou, mas para muitos ainda resta na memória como este sendo a sede da loja de bolsas Duquesa. Há quatro anos atrás a edificação teve sua fachada queimada por um foco de incêndio, fazendo com que a situação de abandono ficasse ainda pior.

Situação atual do prédio

COUGO, Chico; ZAT, Letícia. Casarão dos azulejos (Andradas, 891, 892).  2013. Disponível em: . Acesso em: 17 mar. 2014.


UPDATE 21/03/2014


Estava passando hoje na frente do prédio e vi que colocaram uma patrola para remover os escombros que ainda existiam por lá.



sexta-feira, 14 de março de 2014

Antigo Hotel Moritz

Atualmente o prédio do antigo Hotel Moritz, na esquina da Rua Sete de Setembro com João Manoel, está em processo de restauração. A imponente edificação eclética vem para fechar essa semana onde o blog buscou fazer uma sequencia de locais que abrigavam a antiga rede hoteleira da cidade. 

Imagem das obras de restauração do antigo Hotel Moritz

Nesses 5 dias de posts foram apresentados hotéis que tinham uma forte característica comum: localização nas esquinas. Leão (2000) apresenta a teoria de que na época ainda existiam grande lotes na área central de Porto Alegre, tornando assim fácil a criação de edificações neste estilo. 

LEÃO, Silvia Lopes CarneiroOs antigos hotéis de Porto Alegre. Arqtexto. Porto Alegre. N.0 (2000), p.4-12. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/22139> . Acesso em: 14 mar. 2014.


quinta-feira, 13 de março de 2014

Grande Hotel Schmidt

O atual edifício Bragança, localizado na esquina da Rua dos Andradas com a Marechal Floriano, era originalmente o Grande Hotel Schmidt. Infelizmente não foram localizadas a data de projeto nem seu respectivo autor. Mas para Leão (2000), o Schmidt (assim como o Novo Hotel Jung) era um típico representante do início do Modernismo na cidade.




LEÃO, Silvia Lopes CarneiroOs antigos hotéis de Porto Alegre. Arqtexto. Porto Alegre. N.0 (2000), p.4-12. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/22139> . Acesso em: 12 mar. 2014.


quarta-feira, 12 de março de 2014

O (Antigo) Novo Hotel Jung

O Edifício Frederico Mentz localizado na Avenida Otávio Rocha esquina com a Rua Marechal Floriano sediou durante anos o segundo prédio do Hotel Jung de Porto Alegre. A empresa hoteleira situava-se na década de 10 na Rua Voluntários da Pátria (LEÃO, 2000), mudando-se posteriormente para o prédio do presente post, sendo este recebendo a alcunha de "Novo Hotel Jung". O prédio foi projetado em 1931 por Agnello Nilo de Lucca a serviço da Firma Azevedo Moura & Gertum (OLIVEIRA, 2010). A edificação foi um dos marcos do Modernismo da capital na década de 30, sendo representante do estilo Art Déco com seus 10 andares, algo monumental para a época.

Foto de época do Novo Hotel Jung. Retirado de OLIVEIRA (2010, p.107)




Leao, Silvia Lopes CarneiroOs antigos hotéis de Porto Alegre. Arqtexto. Porto Alegre. N.0 (2000), p.4-12. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/22139> . Acesso em: 12 mar. 2014.

 OLIVEIRA, Rogério Pinto Dias deSaul Macchiavello & Antonio Rubio: modernidade arquitetônica em Porto Alegre (1928-1938). 2010, 215 f. Dissertação (Mestrado em História)-Programa de Pesquisa e Pós-Gradução em História, Faculdade de Filosofia e CIências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10923/3840> . Acesso em: 12 mar. 2014.


terça-feira, 11 de março de 2014

Edifício Alcaraz

O Edifício Alcaraz está localizado na Rua Andrade Neves com a Travessa Acilino de Carvalho (também chamada de Rua 24 Horas). O projeto foi assinado pela dupla Saul Macchiavello e Antonio Rubio em 1930, sendo que estes futuramente viriam a executar o Edifício Comendador Chaves (tratado no post anterior). O nome do local se deve ao seu antigo dono, Alexandre Alcaraz (OLIVEIRA, 2010).
O prédio em questão foi construído em concreto armado e apresentava elevadores, servindo como hotel desde o seu início. Atualmente o local é utilizado pela empresa Hotel Lacaster. De acordo com Oliveira (2010), o local era visto como um marco da arquitetura moderna da capital com seu estilo despojado.

Imagem do Edifício Alcaraz na Revista do Globo nº31 de 1930. Retirado de Oliveira (2010, p. 155)

 Vistas atuais do Edifício Alcaraz (Atual Hotel Lancaster)

OLIVEIRA, Rogério Pinto Dias deSaul Macchiavello & Antonio Rubio:modernidade arquitetônica em Porto Alegre (1928-1938). 2010, 215 f. Dissertação (Mestrado em História)-Programa de Pesquisa e Pós-Gradução em História, Faculdade de Filosofia e CIências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10923/3840> . Acesso em: 11 mar. 2014.


segunda-feira, 10 de março de 2014

O Descaracterizado Prédio do Antigo Hotel Carraro

Quem desce pela rua Doutor Flores no Centro de Porto Alegre se depara com um gigantesco prédio de esquina com a Rua Otávio Rocha onde atualmente funciona uma loja Manlec. A edificação chama a atenção do transeunte por ser toda pintada em tons de amarelo e pelo fato de, enigmaticamente, quase não apresentar nenhuma abertura nos andares superiores.
Segundo Oliveira (2010), o prédio em questão foi projetado em 1933 pelos arquitetos Saul Macchiavello e Antonio Rubio para fins de uso misto (residencial, comercial e de serviços), recebendo o nome de Edifício Comendador Chaves. Não se sabe ao certo quais empresas utilizaram-se inicialmente do local, mas em 1935 a Sociedade Amante Carraro e Irmãos comprou o local e acabou criando o Hotel Carraro, sendo este um dos locais mais luxuosos para ficar hospedado na capital, até com direito a elevadores (caríssimos para a época).
O prédio tem uma grande importância para a história da arquitetura de Porto Alegre. Oliveira (2010) o caracteriza dentro do estilo Art Déco, sendo portador de características Déco ziguezague (motivos geométricos com detalhes marajoaras) com Déco steamline (sensação aerodinâmica de conduzir o olhar para certos pontos da edificação). Sua construção foi executada através do uso de concreto armado, uma técnica interessante para a sua época.
O que mais chama a atenção na análise do Edifício Comendador Chaves é pela total descaracterização de sua fachada original. Nota-se por imagens da época que o local tinha uma profusão de aberturas e vãos que separavam a volumetria. Não se sabe em qual época esses elementos foram eliminados e simplesmente tapados com concreto, transformando o prédio em uma espécie de grande paredão. Talvez um dia a podemos ter uma restauração.

Vista frontal do estado atual

Vista frontal de quando ainda funcionava o antigo Hotel Carraro. Retirado de Oliveira (2010, p.172)
Vista lateral mostrando a praça Otávio Rocha no primeiro plano. Notam-se os vãos que foram encobridos com o passar dos anos. Retirado de Oliveira (2010, p.160)
Vista atual mostrando a praça Otávio Rocha

 Detalhe atual da fachada com os espaços onde anteriormente existiam janelas e vãos.
Pilares aparentes que dão a sensação de aerodinâmica e os ornamentos geométricos.


PS.: Antes da Manlec a Loja Mesbla funcionou no antigo edifício do Hotel Carraro


Oliveira, Rogério Pinto Dias deSaul Macchiavello & Antonio Rubio: modernidade arquitetônica em Porto Alegre (1928-1938). 2010, 215 f. Dissertação (Mestrado em História)-Programa de Pesquisa e Pós-Gradução em História, Faculdade de Filosofia e CIências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10923/3840> . Acesso em: 10 mar. 2014.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Antiga Casa na Rua Luís Afonso

Outra edificação abandonada no bairro Cidade Baixa é uma pequena casa na rua Luís Afonso. A construção tem os mesmos preceitos da redução de aberturas na fachada conforme outra edificação já publicada no blog. Deve-se ressaltar que este exemplar apresenta elementos decorativos em relevo sobre as paredes e no frontão. 



quinta-feira, 6 de março de 2014

Alumínios Royal S/A

Dentro da sequência de prédios abandonados de Porto Alegre apresento outro "monstrengo" ao melhor estilo Corlac. Trata-se da antiga fábrica dos Alumínios Royal que está em completo abandono na Avenida Brasil. O prédio construído em 1948 (MATTAR, 2010) apresenta sua fachada original, sendo esta possivelmente já inventariada pela Prefeitura de Porto Alegre para preservação (PALINSKI, 2012). 







MATTAR, Leila Nesralla. A MODERNIDADE DE PORTO ALEGRE: ARQUITETURA E ESPAÇOS URBANOS PLURIFUNCIONAIS EM ÁREA DO 4º DISTRITO. 2010, 166 f. Tese (Doutorado em História)-Programa de Pesquisa e Pós-Gradução em História, Faculdade de Filosofia e CIências Humanas, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2010. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10923/3863> .  Acesso em: 06 mar. 2014.

PALINSKI, Ilce IneteRequalificação na Av. Brasil: habitação + comércio + serviços. 2012. 29 f. Trabalho de Conclusão de Curso. Faculdade de Arquitetura. Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/78634> .  Acesso em: 06 mar. 2014.

quarta-feira, 5 de março de 2014

Casa Perdida pela João Alfredo

O bairro Cidade Baixa apresenta algumas casas antigas que primavam pela redução do número de aberturas na fachada. Conforme relato do instrutor do Passeio Viva o Centro a Pé de 22/02/2014, esse recurso fazia com que a tributação do imóvel fosse menor. É dessa época que proliferaram-se as chamadas casas geminadas por Porto Alegre. A residência que apresento hoje está localizada na rua João Alfredo e complementarmente abandonada.



Nota-se que a fachada apresenta apenas porta e duas janelas (sendo uma minúscula), conforme a vantagem fiscal que foi discutida anteriormente. A construção tem uma influência do estilo Art Decó com motivos ornamentais com formas geométricas e, infelizmente, a parte interna do local já foi demolida.