Vigilante

Obra do artista Carlos Tenius inaugurada em 16 de abril de 1975 feita a pedido da Pinacoteca APLUB. Esta obra apresenta pontualmente o estilo de Tenius em obras púbicas ao utilizar figuras aladas em aço cor-ten, como aconteceu no caso do Monumento aos Açorianos (1974) e posteriormente no Monumento a Castello Branco (1979). As figuras simbolizariam a atuação da Pinacoteca em prol da arte no Rio Grande do Sul (ARAÚJO, 1998  apud ALVES, 2004). Existem críticas ao tratamento externo dado à obra tendo em vista que ela não apresenta pedestal, deixando-a no nível dos transeuntes. Alves (2004) comenta que inicialmente foram colocados vasos com plantas para evitar a aproximação de pessoas, estes posteriormente foram substituídos por um gradil de ferro e a colocação de paralelepípedos enviesados.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Escultura em Pedra da Rua General Câmara

Obra de Francisco Stockinger criada em 1976 e instalada provavelmente na década de 80 em frente a uma agência bancária localizada na Rua general Câmara. A obra é feita em granito negro com uma esfera esculpida em mármore branco. Deve-se ater a um detalhe que não existe mais no conjunto escultório, o pedestal feito de mármore abrigava anos atrás um cofre para depósito noturno (ALVES, 2004), fazendo assim um uso criativo ao juntar a funcionalidade que o banco desejava e demarcá-la com uma obra de arte.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004. 

Monumento a Rubén Dario

Tristemente abandonado de frente ao Memorial do Rio Grande do Sul fica apenas o cipo de granito que englobava um medalhão em bronze do poeta Rubén Dario e uma placa comemorativa. O medalhão havia sido inaugurado no local em 25 de março de 1966 em homenagem proposta pela Embaixada da Nicarágua. por sua vez a placa foi colocada em 21 de abril de 1967 marcando o centenário de Rubén (ALVES, 2004).

Alves (2004) comenta em seu livro que em agosto de 1999 tanto placa quanto medalhão foram roubados. Consta que em meados de 2000 a polícia conseguiu recuperar o medalhão, mas desde então nunca mais se ouviu falar do paradeiro desta obra.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

II Portal da Nova Era

Mais um monumento que passa despercebido pela paisagem urbana da cidade. O monumento foi feito em 1993 por Luís Affonso para a segunda edição do Espaço Urbano Espaço Arte (ALVES, 2004). Ele se encontra pichado e com sinais de corrosão, sem contar que está encoberto por uma planta. A obra fica localizada na Praça Raul Pilla.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Esculturas em Granito de Francisco Stockinger

Conjunto escultural inaugurado em 22 de dezembro de 2001 nas dependências do Parque Maurício Sirotsky, sendo que esta obra junto com a Efígie para João Goulart estão localizadas na atual rótula entre as Avenidas Loureiro da Silva e João Goulart. De acordo com Alves (2004), a obra foi um presente de  Francisco Stockinger para a cidade de Porto Alegre, sendo que esta possui a peculiaridade de possuir pequenos bancos que eram utilizados pela população para admirar o pôr do sol do Guaíba. Infelizmente após as obras de criação da atual rótula, o conjunto escultural acabou sendo isolado por uma cerca, tirando assim uma de suas peculiaridades de ser um equipamento urbano.

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Efígie de João Goulart

Obra colocada em 1996 em trecho limite do Parque Maurício Sirotsky, sendo que atualmente ela fica na rotatória da Avenida João Goulart. O medalhão que retrata o homenageado fora criado em 1964 por Hildegardo Leão Velloso e originalmente fazia parte de outro monumento em praça pública na cidade de Uberlândia/MG. Com o início da Ditadura Militar a obra acabou sendo removida. O medalhão ficou décadas sob a custódia de uma irmã de João Goulart até que o vereador Isaac Ainhorn tomou a iniciativa de criar um marco para o ex-presidente (ALVES, 2004).

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Homenagem aos Mortos em Combate ao Comunismo

Conjunto de obras alvo de polêmica recente por ter sido depredada logo após restauração promovida pelo SIDUSCON (MILMAN, 2015). Trata-se de um conjunto de 3 placas fixadas em pedestais. O que podemos chamar da "peça original" é a do meio que trazia a mensagem "Homenagem aos Mortos em Combate ao Comunismo". Esta foi forjada em bronze e localizava-se ao lado do atual Instituto de Educação Flores da Cunha, sendo inaugurada em 27/11/1937. Em 1973 foi transferida para o canteiro central da Redenção e na década de 80 foram instalados os outros dois marcos (ALVES, 2004).

Deve-se atentar que a obra destruída do conjunto era uma cópia, isto faz parte da iniciativa do SIDUSCON de restaurar os monumentos da Redenção com este método de substituição. A placa original fora roubada no ano de 2003 (ALVES, 2004).

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

MILMAN, Túlio. Monumento restaurado na Redenção já foi depredado. 2015. Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/porto-alegre/noticia/2015/01/tulio-milman-monumento-restaurado-na-redencao-ja-foi-depredado-4677185.html> . Acesso em: 30 jan. 2015.

Cabeça de Raul Pilla

Da série de monumentos que não existem mais em Porto Alegre. A cabeça em homenagem ao político, médico e jornalista Raul Pilla foi criada em 1977 pelo antológico Antônio Caringi, diga-se de passagem este é o último monumento do artista colocado em praça pública (ALVES, 2004). 

A obra era localizada na praça que leva o nome de Raul Pilla nas dependências do Centro Histórico. Consistia de um pedestal em granito onde existia uma placa comemorativa com a cabeça do homenageado feita em bronze. Não há registros de quando e se o monumento foi roubado ou destruído.

BÔNUS:

Existe um pequeno marco na Praça Raul Pilla que detalha que o local anteriormente era a sede do Quartel da 6ª Companhia de Polícia do Exército. Na peça consta que este batalhão acabou sediando  prisões ilegais e até mesmo tortura durante a Ditadura Militar.

Abaixo uma foto de época do quartel retirada do blog Almanaque Gaúcho:

Vale a pena conferir um pouco mais da história do local no link do Almanaque Gaúcho: http://wp.clicrbs.com.br/almanaquegaucho/2012/02/07/do-quartel-a-praca/?topo=13,1,1,,,13

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

CHAVES, Ricardo. Do quartel à praça. Porto Alegre, 2012. Disponível em: . Acesso em 27 jan. 2015.