quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Armazéns de Theo Wiederspahn

Na Avenida Voluntários da Pátria repousam diversas construções antigas que encontram-se esquecidas pela população. Na visita de 13/11/2010 do Programa Viva o Centro a Pé foram abordados alguns desses locais. As informações analisadas abaixo tem como base a respectiva visita guiada feita pela arquiteta Leila Nesralla Mattar.

Interessante saber o método como antigamente funcionava a zona portuária da Voluntários da Pátria, aonde as empresas tinham armazéns com grandes pórticos com caminhos de trilhos para vagões recolherem as cargas trazidas por navios. Essa característica fez com que a arquitetura do local tivesse uma certa uniformidade para adequação do sistema adotado por quase todas as sociedades comerciais da época. As estruturas abaixo foram projetadas por Theodor Wiederspahn e apresentam a já citada entrada com grandes proporções e alguns poucos elementos decorativos. Uma pena que apenas as fachadas sobraram.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

DetalhesPOA: Placa de Inauguração do Instituto de Química

Placa afixada na parede da fachada principal do antigo Instituto de Química da UFRGS. Consta na inscrição:

"Inaugurado

em 8 de junho de 1926

Por S. EXa. o Snr.

Dr. Washington Luis

Pereira de Souza

Presidente Eleito da 

República"

>

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Construção do Julinho

A antiga sede do Julinho em fase final de construção. Para saber mais sobre a destruição do antigo prédio acesse o post. Imagem do SPH/UFRGS.

domingo, 21 de novembro de 2010

Construção do Antigo Instituto de Química da UFRGS

Prédio inaugurado em 1925 para sediar o curso de Química Industrial promovida pela Escola de Engenharia de Porto Alegre. A fotografia não apresenta data e autoria, mas pertence ao acervo da SPH/UFRGS. Notamos a parte final da obra, aonde tudo indica que estava na fase de pintura externa. 

Referência:

Instituto de Química. Disponível em: http://www.predioshistoricos.ufrgs.br/

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Busto do Coronel Caminha

Na entrada do Hipódromo do Cristal encontramos este antigo busto de Coronel Caminha, um dos fundadores da Associação Protetora do Turfe (ALVES, 2004). A homenagem pertencia a antiga sede da instituição que era no Moinhos de Vento (aonde hoje é o Parcão). Sua data de criação é incerta, para Alves (2004) indica que seria entre a década de 1910 e o ano de 1922. A obra possui uma placa de identificação do Atelier de Escultores J.  F. Friederichs sendo sua autoria (ainda não confirmada) de André Arjonas.




ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre: História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

DetalhesPOA: Entrada Social do Jockey Club


Detalhe do tapete vermelho e das escadas rolantes que dão o ar requintado na ala de sócios do Jockey Club Cristal. Segundo o arquiteto Glênio Boher no Viva o Centro a Pé realizado em 25/09/2010 essas seriam as primeiras escadas rolantes instaladas no Brasil.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Reflexo

É triste na época de eleições ver nossas ruas e parques cheios de propaganda eleitoral. Está certo que a situação era muito pior quando há anos atrás eram colocados cartazes em postes, mas mesmo assim continua feio. Aqui mostro o exemplo do Parque da Redenção aonde diversas propagandas de candidatos estão enfileiradas fazendo contraponto com a  negligência política que o próprio parque e seus ambientes e monumentos estão sofrendo (ao funda aparece o busto de Samuel Hahnemann rodeado por placas caídas).

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Busto Realocado

Em abril de 2010 um busto de Jose San Martin foi pintado por vândalos, o respectivo marco era localizado de frente ao Monumento dos Açorianos. Além disto a obra já tinha há anos suas placas comemorativas furtadas, aonde incluia a sua inauguração (22/11/1985). A peça  foi modelada por Juan Carlos Ferraro em 1978 e ofertada para Porto Alegre pelo Rotary Club da Argentina.

Em maio/junho deste ano a Prefeitura de Porto Alegre fez uma pequena restauração na Praça Argentina e com isto o busto de San Martin foi realocado para este novo sitio. Aqui deve-se fazer uma observação que os restos da estátua de Apollinário Porto Alegre nem foram tocados, continuando um deprimente pedestal vandalizado. No novo local a obra foi colocada em um pedestal simples e sem nenhum resquício ou espaço para as placas comemorativas originais. Ao lado do monumento foi colocada uma pequena placa onde mostra que a restauração e realocação foi ofertada pelo Consulado da Argentina e pela "La Comunidad de Residentes Argentinos".

Busto vandalizado em seu lugar original

Já restaurado na praça Argentina.

Referências:


ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre – História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

O novo astral da Praça Argentina. Zero Hora. Porto Alegre, 24 ago. 2010, p.39.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Medalhão de Joaquim Murtinho

Infelizmente os monumentos não estão a salvos nem em lugares fechados, aqui retrato o caso da efígie para Joaquim Mutinho (político brasileiro e médico homeopata) na Liga Homeopática do RS.  Inaugurado em 01/05/1952 sendo o autor André Arjonas, a peça localiza-se na frente da estabelecimento e protegida por grades. Segundo informações do site a homenagem foi depredada na noite de 09/03/2009, em uma imagem do sítio pode-se notar que no pedestal é pendurado um pequeno cartaz para tapar tal agressão(a fotografia abaixo foi tirada em um sábado com o estabelecimento fechado).


Imagem do medalhão ainda conservado.

Fonte: http://www.ligahomeopaticars.com.br/noticias/index.php?id=54&tipo=2027

Referências: 

Histórico. Disponível em: http://www.ligahomeopaticars.com.br/noticias/index.php?id=54&tipo=2027

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre – História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Monumento à Árvore

Continuando nossa série sobre monumento esquecidos pela cidade eu apresento uma homenagem até certo ponto incomum: Monumento à Árvore. Localizado na Praça Guia Lopes a presente obra foi colocada no mesmo dia da inauguração da Avenida Teresópolis (20/09/1911). Nesta ocasião houve a presença de diversas autoridades e uma grande festa alusiva à proteção de árvores com placas espalhadas no local com os dizeres "Respeitem às árvores". Ainda na mesma comemoração cantou a Banda da Brigada Militar e salvas de tiros foram executadas. Vale lembrar que por muito tempo a presente escultura era conhecida como Obelisco a Alarico Ribeiro, já este foi o criador da Festa da Árvore em 1904 ocorrido na Redenção.
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A escultura foi duramente depredada com o passar dos anos, em sua parte superior portava uma esfera em conjunto com uma estrela, um milho e um cacho de uva(para representar a cultura do bairro), todos feitos em mármore. Também existia um retrato em porcelana de Alarico Ribeiro. O que restou foram placas com os nomes de Carlos Barbosa Gonçalves, Zeferino Brasil & Murillo Furtado (citados como autores do chamado Hymno das Árvores), José Montaury e também um interessante relevo que apresenta a pauta do já citado hino.
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É uma pena um monumento com uma mensagem tão singela e atual estar esquecido em uma praça. Um agravante poderá acontecer no ano de 2011 já que será o centenário de criação da peça. Devemos entrar em contato com a administração municipal para que algo seja feito já que de qualquer forma este é um dos marcos mais antigos ainda de pé dentro da Capital.








Fonte:

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre – História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - IX

O Novo Bicentenário

Durante muitos anos Porto Alegre utilizou-se da data definida por Loureiro da Silva. Entretanto ainda existiam polêmicas na sociedade intelectual da cidade já que muitos viam Jerônimo de Ornellas como um simples estancieiro agraciado com terras. A questão principal gira em torno do termo colonização, que demonstraria um ato de povoamento de determinado território com famílias. Riopardense de Macedo atesta uma nova visão histórica onde o “povoamento de Porto Alegre deve ser contado a partir da chegada dos casais açorianos vindos de Santa Catarina, em 1752, e que a data de fundação do povoado poderia ser a da criação da freguesia.” (MACEDO, 1973, p.62). É com base nessa idéia que surge uma teoria concreta sobre do povoamento da futura capital quanto esta vira a Freguesia de São Francisco de Chagas em 26 de março de 1772, segundo documento estudado pelo IHGRS.

Na gestão de Telmo Thompson Flores (de 1969 a 1975) é oficilizada a nova data de fundação da cidade. O novo marco comemorativo foi aprovado em 1971 pela Câmara de Vereadores da Capital baseado no ofício publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico em 30/11/1971 para o vereador José Aloísio Filho. Esta nota é republicada no Correio do Povo do dia 26/03/1972, já dentro da comemoração do novo bicentenário da cidade. No comunicado o Instituto afirmava ter uma nova posição em relação à data desde 1953.

A nova comemoração bicentenária de Porto Alegre foi bem mais discreta do que a de 1940. O Correio do Povo não apresentava grandes matérias sobre a comemoração, concentrou-se em alguns textos de historiadores que comentavam a data. A prefeitura também não quis fazer festividades mais incisivas e as propagandas homenageando a cidade foram mais contidas.

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Aqui encerro a série sobre o Falso Bicentenário, devo apontar que encaixar um tema tão interessante e pouco abordado em uma disciplina da faculdade foi muito bom! Abaixo segue uma foto do autor que vos fala no dia da apresentação do referido trabalho.



Lista geral de referências.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - VIII

Marcos do Bicentenário

Monumentos e marcos são obras recorrentes a todo o tipo de formação social. Cada grupo tem sua relação histórica retratada através de tais indicadores. Durante a primeira comemoração do bicentenário da cidade houve diversas inaugurações e festejos. Como a festa foi pensada poderíamos até dizer que as novas avenidas abertas poderiam enquadrar-se como grandes marcos históricos para as respectivas comemorações. Isto ficaria mais evidente pelo fato de que em cada inauguração houve a colocação de uma placa alusiva ao fato. Todavia estas não caracterizam em si uma homenagem direta ao ato festivo do bicentenário de 1940. 

Entretanto podemos achar ainda hoje na cidade dois marcos que foram inaugurados para homenagem ao bicentenário. A pesquisa não poderia deixar passar em branco tais pontos já que estes se encontram fora do conhecimento da sociedade atual. As respectivas homenagens estão no Parque da Redenção e no Paço dos Açorianos. Um deles foi achado como referência no Correio do Povo e o outro tem sua origem incógnita, sendo citado apenas em um livro de Walter Spalding.

O primeiro deles tem a sua origem detalhada pelo Correio do Povo do dia 09/11/1940, onde aparece uma convocação sobre “inauguração de uma placa de bronze, com as efígies de Jerônimo de Ornellas, fundador da cidade, e do Prefeito Loureiro da Silva, oferecida pelo funcionalismo municipal.” (Correio do Povo de 09/11/1940, p.2). Obs.: Esta peça já foi abordada anteriormente no ArquivoPOA no post "O Falso Bicentenário de Porto Alegre" publicado em 29/07/2009, todavia somente com esse trabalho de pesquisa foi possível achar a sua origem. Tal efígie foi elaborada por Fernando Corona com base em estudos executados por Walter Spalding de como seria a aparência do antigo colonizador. Na inauguração houve um pronunciamento de Spalding e a entrega de duas miniaturas a Loureiro da Silva. Tal homenagem aparece com grande exaltação nas páginas do jornal (Correio do Povo de 10/11/1940, p.6), todavia o marco demonstra uma evidente comemoração política, já que apresenta o prefeito comparado ao papel “mitológico” difundido pelas pesquisas históricas da época sobre Jerônimo de Ornellas. A homenagem pode ser encontrada ainda nos dias atuais no Paço dos Açorianos.



Figura: Efígie comemorativa do bicentenário no Paço Açoriano.

A segunda homenagem está localizada no Parque da Redenção, perto da área fronteiriça ao Viaduto da Avenida João Pessoa. Sua origem é uma grande incógnita, já que não foram achadas referências no Correio do Povo ou na Revista do Globo. Todavia o pesquisador de arte urbana, José Francisco Alves, em seu livro A Escultura Pública de Porto Alegre (2004), apresenta uma pequena referência da obra. Trata-se de uma coluna de estilo jônico chamada de “Coluna Brasileira”, que apresentava em um bronze o mapa da sesmaria de Jerônimo de Ornellas, infelizmente a chapa foi roubada há décadas atrás. Perdida nas redondezas do parque, o monumento seria “(...) conforme idealização do professor Tupi Caldas.” (SPALDING, 1967, p. 250, apud, ALVES, 2004, p. 171).



Figura: Coluna Brasileira em estado de abandono no Parque da Redenção.

A análise desses dois pequenos marcos serve para mostrar como um equívoco histórico pode permanecer na paisagem urbana de uma cidade. No caso da Coluna Brasileira, deve-se apontar a perda do significado de um símbolo, causando a falha na compreensão histórica de pesquisadores e da população em geral com relação ao monumento. A efígie de Jerônimo de Ornellas com Loureiro da Silva aponta para a reflexão de como a política decide quais pessoas deverão ser homenageadas e/ou imortalizadas no imaginário popular, fato este precipitado já que a obra faz parte dos festejos do antigo bicentenário da cidade, onde o prefeito estava em pleno uso de seu cargo.


Lista geral de referências.

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - VII

            Getúlio Vargas
A participação do então presidente Getúlio Vargas compõe os festejos do aniversário. Sua presença é oficializada na publicação de um comunicado feito por Loureiro da Silva no Correio do Povo do dia 11 de novembro. Este aclama a presença da população de Porto Alegre na recepção e descreve Vargas como “grande animador do progresso de nossa terra e a quem devemos todo o apoio à concretização da obra que estamos realizando.” (Correio do Povo de 11/11/1940, p.1). A presença do governante na cidade pode ser apontada como ponto alto das comemorações, onde ele inauguraria avenidas, o Palácio do Comércio e participaria de encontros em diversas instituições. No jornal do dia 12 sai uma nota do Governo do Estado onde o convite é reforçado ao público: “ocasião em que lhe serão prestadas significativas e merecidas homenagens” (Correio do Povo de 12/11/1940, p.1).



Figura: Anúncio de Loureiro da Silva.
Fonte: Correio do Povo de 11/11/1940, p.1



Figura: Anúncio do Governo do Estado
    Fonte: Correio do Povo de 12/11/1940. p.1
O Correio do Povo do dia 13 tem imagens na capa e contra capa da chegada de Getúlio Vargas na capital. Nota-se a grande festa que a população fez, onde o presidente desfila em um carro com chuvas de papel e ruas fechadas. Tal festejo foi acompanhado pela presença de bandas musicais e por Loureiro da Silva. Em matéria de página inteira o jornal publica a notícia como “Porto Alegre tributou excepcionais homenagens ao Presidente Getúlio Vargas” (Correio do Povo de 13/11/1940). Também existe toda uma grande cobertura na Revista do Globo Especial do Bicentenário. No final do dia a municipalidade ofereceu um banquete no Clube do Comércio onde o presidente fez um breve discurso. Nos dias seguintes Getúlio Vargas participa de eventos em diversas instituições como o Congresso de História e Geografia, Clube do Comércio, Associação dos Ferroviários Riograndenses e o Teatro São Pedro.

Figura: Chegada de Getúlio Vargas em Porto Alegre.
    Fonte: Revista do Globo Especial Bicentenário de Porto Alegre, ano XII, nº 285,  30/11/1940, sem  número de página.

Vargas é convocado para inauguração do Palácio do Comércio no dia 13 de novembro. Na cerimônia é colocada uma placa com a efígie do presidente e a respectiva data do evento. O prédio tem grande importância no pensamento de evolução urbana proposto por Loureiro da Silva, já que este era considerado um dos empreendimentos mais modernos de todo o Estado.
No dia 14 de novembro Getúlio Vargas inicia uma série de inaugurações em Porto Alegre. Neste ponto deve-se notar a exaltação do poder político tanto dele como do Intendente Loureiro da Silva. As obras formam partes vitais na nova remodelação do trânsito para interligar a zona central da cidade. Cada inauguração foi acompanhada pela a colocação de marcos festivos com placas alusivas ao presidente. Primeiramente foi inaugurado um trecho da Avenida Farrapos às 9 horas. Durante a tarde foi a vez da Avenida Protásio Alves e logo após a Avenida Dez de Novembro (atual Avenida Salgado Filho). Todos estes festejos foram aclamados pela mídia em extensas reportagens sempre com tom revolucionário em relação às obras.


Figura: Getúlio Vargas inaugurando a Avenida 10 de Novembro.
Fonte: Revista do Globo Especial Bicentenário de Porto Alegre, ano XII, nº 285, 30/11/1940, sem número de página.
A presença de Getúlio Vargas marca o ápice e também o final dos grandiosos eventos concebidos para a data. Sua participação combinada com a presença constante de Loureiro da Silva demonstra todo o afinco no “espírito” criado pelo Estado Novo em porto Alegre.

Atualização 03/09/2016
A placa da Avenida Salgado Filho foi roubada em 2016. Abaixo uma imagem de dezembro de 2015 quando ainda se encontrava no local:





quarta-feira, 28 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - VI

O III Congresso Sul-Riograndense de História e Geografia

Nota-se um grande destaque para o referido evento donde provém a publicação de anais com 2978 páginas (MONTEIRO, 2002, p.23). Esta reunião de artigos propôs juntar a maior quantidade possível de estudos sobre Porto Alegre e o Rio Grande do Sul. Para formar tal documento foram reunidos trabalhos escritos por diversos autores como membros do IHGRS, advogados, professores universitários e jornalistas. Tal iniciativa foi vista como um grande marco da produção literária sobre os respectivos assuntos.

O Congresso tinha como principal missão uma divulgação maior sobre os estudos históricos de Porto Alegre. Com esta preocupação Walter Spalding divulga um artigo intitulado “A escravatura em Porto Alegre”. Este centra a sua defesa na história da sesmaria de Jerônimo de Ornellas em 1740. O documento poderia ser visto como uma grande explicação teórica para toda a mudança histórica proposta para as festas do bicentenário, com referências tiradas de atas da câmara e cartas sobre as sesmarias. Muitos outros teóricos na mesma publicação buscam reinterpretar a história da capital com os mesmos itens.

Um artigo intitulado “Evolução Arquitetônica de Porto Alegre” feito por Ernani Corrêa (MONTEIRO, 2002, p.29) chama a atenção pelo apelo político. No documento existe uma análise da história da cidade dividida em três períodos: Otávio Rocha, Alberto Bins e Loureiro da Silva. O texto aborda a questão do Plano Diretor de Porto Alegre e das mudanças que as três referidas administrações executaram. Nesta analise é evidenciada a beleza dos chamados prédios modernos do Centro da cidade autorizados pelos dois últimos prefeitos.

A cada dia de Congresso o Correio do Povo exibia uma completa reportagem com informações discutidas nos eventos e a programação da reunião subsequente. Fica claro o apelo feito na mídia pelo grupo intelectual que compunha a edição como Gilberto Freyre, Mário de Andrade e Getúlio Vargas (MONTEIRO, 2002, p.22).


Lista geral de referências.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - V

O Primeiro Dia de Festas

Segundo o Correio do Povo de 6 de novembro de 1940, nota-se que o início das festividades ocorreram conforme publicado originalmente dias antes pelo jornal. A Chama do Progresso saiu de Viamão pontualmente às 08 horas e 30 minutos e teve seu trajeto executado por cerca de 200 atletas. Enquanto isso acontecia a missa na frente do Paço dos Açorianos. A pira chegou às 11 horas e foi recebida pelo atleta mais jovem da capital: um menino de 7 anos. O comércio cumpriu o acordo e teve suas atividades iniciadas somente durante a tarde.

Ao acender a pira com a Chama do Progresso uma banda marcial executou o Hino Nacional enquanto uma revoada de mais de mil pombos foi solta. Do alto do edifício da Casa Guaspari “vibravam vários clarins e fanfarras, ao mesmo tempo que eram hasteadas quatro bandeiras no mastros do edifício da municipalidade” (Correio do Povo de 06/11/1940, p.7). Da sacada do Paço dos Açorianos, Loureiro da Silva apareceu para proferir um caloroso discurso dando o encerramento das festividades da manhã.

O turno da tarde reservou a abertura de atividades em diversos lugares da cidade. Às 14 horas houve uma competição ciclística pelas ruas da cidade, a Quinta Volta da Cidade de Porto Alegre. Na Faculdade de Direito foi dado início ao III Congresso Sul-Riograndense de História e Geografia. Este teve Loureiro da Silva fazendo o discurso inicial, ao qual foi reproduzido das páginas do Correio do Povo do dia 6 de novembro. O fim do primeiro dia contou com uma exposição de objetos antigos no Clube do Comércio e uma grande queima de fogos de artifício em uma doca do Guaíba.

 

 

Figura: Início das comemorações na Praça Montevidéu.

Fonte: Correio do Povo de 06/11/1940, p.7.


Lista geral de referências.


quarta-feira, 21 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - IV

Propagandas de Época

Em todas as edições do Correio do Povo de novembro de 1940 aparecem propagandas alusivas ao bicentenário. Estas são formuladas por diversas casas comerciais conhecidas da cidade, entre elas a Guaspari e a Casa Theo Möller. Isto demonstra como a festa promovida pela intendência municipal havia alcançado uma elevada aceitação.


Figura: Casa H. Theo Möller com propaganda alusiva ao bicentenário.

Fonte: Correio do Povo de 03/11/1940, p.10



Figura: Propaganda da Guaspari alusiva ao bicentenário

Fonte: Correio do Povo de 03/11/1940, p.3

Interessante também ressaltar que o comércio foi orientado para manter as portas fechadas até as 12 horas do dia 5 de novembro. Este acordo foi firmado entre a prefeitura e a Associação Comercial dos Varejistas e teve seu anúncio oficial publicado de maneira formal no Correio do Povo do mesmo dia. Ficava evidenciado que todo o foco da cidade deveria estar na região que compreende a Praça Montevidéu onde aconteceriam todos os atos solenes iniciais.

A municipalidade usou as páginas iniciais do Correio do Povo para publicar chamamentos à população da cidade para os eventos que aconteceriam conforme o dia. O primeiro anúncio foi colocado na capa da edição do dia 5 de novembro e trazia a convocação da missa solene para dar início às comemorações do bicentenário da cidade. A partir desta data o jornal apresentava a cada dia um novo boletim assinado por Loureiro da Silva ou pelo “Departamento Central do Bi-Centenário” sobre as respectivas festas do dia.



Figura: Convite para a população participar da missa.

Fonte: Correio do Povo de 05/11/1940, p1.

Lista geral de referências.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alege - III

A FESTA DO BICENTENÁRIO EM 1940

O bicentenário de Porto Alegre foi concebido de maneira extraordinária dentro da sociedade gaúcha. Tendo Loureiro da Silva como liderança dos festejos, o IHGRS, clubes, comerciantes e a imprensa armaram todo um complexo de festejos que duraram quase todo o mês do respectivo ano. Tais atos tiveram ampla repercussão na mídia impressa da época e mobilizaram quase todos os habitantes da capital.

A festa neste trabalho foi analisada com base nas reportagens do jornal Correio do Povo e da edição especial da Revista do Globo. Com referência nestes impressos podemos analisar toda a dimensão e repercussão do evento e seu legado deixado para a história da cidade.

No Correio do Povo do dia primeiro de novembro de 1940 apresentava uma reportagem com os detalhes de todos os eventos do bicentenário. No programa consta toda sequência dividida por horários. O maior destaque é a chamada “Chama do Progresso” que viria desde Viamão e chegaria a pé no Paço dos Açorianos. Entre as festividades estavam também previstos uma missa campal, discurso de Loureiro da Silva e o início III Congresso Sul-Riograndense de História e Geografia.



Figura: Garoto que acendeu a chama na frente da Prefeitura no primeiro dia de comemorações. (Correio do Povo de 06/11/1940).

Lista geral de referências.


quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - II

As Obras de Loureiro da Silva

O início do século XX caracterizou-se pelo crescimento urbano de Porto Alegre. Grandes obras foram iniciadas para remodelar toda a região central e preparar a cidade para sua modernização. Os administradores municipais iniciaram uma empreitada de remodelação urbana que acabaria apenas na década de 70. Um dos percussores deste movimento foi Otávio Rocha. Em sua gestão (1924-1928) houve toda a abertura de ruas e eliminação dos antigos becos do atual Centro Histórico. Este por sua vez foi visto com bons olhos pela população durante a sua gestão, entretanto diversas construções de valor histórico foram demolidas.

Otávio Rocha acabou falecendo durante o desempenho do cargo, com isso deixou diversas obras de ruas e avenidas incompletas. Couberam a seus sucessores (Alberto Bins e Loureiro da Silva) no governo municipal as respectivas finalizações. O plano original de modernização estava tão marcado como meta de sua gestão que temos em seu mausoléu no Cemitério da Santa Casa de Porto Alegre uma representação das principais obras. Para Doberstein (2002) o túmulo retrata o falecido como “individualidade iluminada que, tal como “o sol de uma nova era”, impulsionou a cidade no rumo de seu progresso e bem-estar” (DOBERSTEIN, 2002, p.191).


Figura : Túmulo de Otávio Rocha com suas obras retratadas.

Outro local em que Otávio Rocha é louvado por suas idéias progressistas para a cidade é na praça que recebeu o seu nome no Centro da cidade. Esta recebeu uma estátua onde o antigo interventor assegurava um mapa da cidade em uma mão e na outra uma caneta. Infelizmente a respectiva obra de arte encontra-se atualmente descaracterizada com o roubo dos respectivos detalhes.

Após o falecimento de Otávio Rocha a prefeitura passa ao comando de Alberto Bins. Ele finaliza a obra dita como mais importante em termos de urbanismo para a zona central da cidade: Viaduto Otávio Rocha. Bins tem seu mandato finalizado em 1937 com o advento do chamado Estado Novo. José Loureiro da Silva acaba assumindo o comando da capital.

Loureiro da Silva assume o cargo e logo dá continuidade ao desenvolvimento urbano começado por Otávio Rocha. Baseada na visão apoteótica atribuída ao antigo administrador, ele investe em mais obras públicas da chamada “modernização”. Assim acaba eliminando construções sobreviventes das épocas anteriores e cria três avenidas que teriam destaques nos festejos do bicentenário: Avenida 10 de Novembro (atual Avenida Salgado Filho), Avenida Protásio Alves e Avenida Farrapos.

O fato de grandes obras viárias e a colocação dos festejos de bicentenário no ano de 1940 acabam encaixando-se na doutrina do Estado Novo. Com isso Loureiro da Silva aparece para a população com um tom heróico. Durante todo o mês de novembro longas reportagens foram publicadas sobre o perfeito, inclusive um artigo da Edição Especial da Revista do Globo (Ano XII, nº 285) com o título: “O Amigo Número Um de Porto Alegre”.

 

As reportagens de página inteira do Correio do Povo acompanhadas de grande cobertura fotográfica do evento, com legendas e textos de tom ufanista, associavam as comemorações do bicentenário às obras urbanas realizadas pelo prefeito Loureiro da Silva. O prefeito aparece em várias fotos ao lado do Interventor Federal Coronel Cordeiro de Farias e do Presidente Getúlio Vargas nas inaugurações das avenidas abertas na cidade. (MONTEIRO, 2002, p.20).



Lista geral de referências.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre - I

A Questão das Datas

Para uma melhor análise sobre o momento da criação de Porto Alegre devemos fazer um contraponto de como era constituída toda a noção de História tanto na cidade quanto no Rio Grande do Sul. Até a década de 20 a literatura sobre fatos históricos era produzida por intelectuais provindos da área do Direito, Engenharia, Jornalismo e Medicina (MONTEIRO, 2002, p.15).

É deste período que surge a primeira teoria sobre o aniversário da capital com a publicação da obra intitulada “A Fundação de Porto Alegre” em 1906 pelo jornalista Augusto Porto Alegre. Neste trabalho foi feita uma pesquisa com bases “a partir de pesquisa limitada em documentos, relatos de viajantes e crônicas” (MONTEIRO, 2002, p.16). Em uma análise que começa com a chegada dos casais açorianos a cidade em 1742 até a transferência do título da capital de Viamão para Porto Alegre em 24 de julho de 1773 por José Marcelino de Figueiredo.

Augusto Porto Alegre acabou criando o chamado “mito açoriano” (MONTEIRO, 2002, p.16) para a cidade. O texto foi durante anos a única referência sobre esta faceta histórica da capital. Com o passar da década de 20, Porto Alegre teve uma aceleração de crescimento urbano. Em consequência havia toda uma reformulação urbanística para conceber a evolução natural de toda uma população, fato apontado pelo cronista Antônio Álvares Pereira em 1883 com o livro Antigalhas. Com isso tornou-se necessária a presença de uma especialização no estudo e preservação da história da cidade. Em consequência a essa idéia, nas décadas de 20 e 40 surgem marcos importantes para a profissionalização do historiador no Estado:

 

A “história”, como “disciplina”, começou a tornar-se um campo de saber autônomo no Rio Grande do Sul com a criação do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul IHGRS – 1920 – e dos cursos superiores de História e Geografia – 1940. Processo este que se estenderia até a década de 1970, com a criação dos Programas de Pós-Graduação em História. (MONTEIRO, 2002, p.14).

 

Com a criação do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRS) houve uma especialização em toda a publicação sobre História, gerando uma maior confiabilidade de informações tanto para a elite cultural do Estado quanto para o público em geral. Esta instituição será decisiva na escolha do aniversário como sendo em 1740 e voltando atrás em sua decisão com o passar dos anos.

Em 1937 José Loureiro da Silva assume o chamado “governo municipal” de Porto Alegre. Ele acaba engajando-se nessa busca histórica sobre o município e integra em sua equipe como bibliotecário o intelectual Walter Spalding, membro do IHGRS. A partir desta parceria começam a ser publicados diversos artigos no chamado Boletim Municipal criado em 1939.

Todavia ainda não existia um consenso sobre a data comemorativa de fundação da cidade. Mesmo com o Instituto funcionando desde 1920 ainda havia dúvidas sobre a data de aniversário proposta originalmente por Augusto Porto Alegre. O ano de 1742, indicado como primeira referência de ocupação territorial, chamava a atenção de Loureiro da Silva, afinal, um possível bicentenário poderia aproximar-se. Entretanto a data oficial continuava a de 1773, para sanar essa dificuldade o prefeito manda um ofício diretamente ao IHGRS em 20 de outubro de 1939 onde:

 

(...) deixa claro a vontade da administração municipal de esclarecer as controvérsias para poder “assinalar com festivas comemorações a passagem do 2° Centenário da cidade”. Constata-se que essa demanda de “história” estava associada a uma solicitação política e uma vontade “comemorativa” da administração local. (MONTEIRO, 2002, p. 18).

 

O Instituto prontamente inicia uma grande pesquisa em documentos. Neste estudo entra a figura do estancieiro Jerônimo de Ornellas e Vasconcellos, que estaria estabelecido nas terras onde se localiza Porto Alegre já em 1732. Segundo as pesquisas do IHGRS, ele recebe a oficialização de suas terras para criação de gado em 5 de novembro de 1740. De posse dessas informações a entidade emite um ofício para o prefeito no dia 23 de novembro de 1939 com as novas descobertas. Com este documento Loureiro tem o poder de oficializar o novo marco comemorativo.

A nova data de aniversário de Porto Alegre é permeada por uma polêmica, já que acaba servindo como manobra política para o atual prefeito e pelo fato de Walter Spalding assinar o documento final do IHGRS. Loureiro da Silva executava grandes obras na cidade e acaba conseguindo “encaixar” elas na mesma época das comemorações do bicentenário.

Lista geral de referências.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dissecando o Falso Bicentenário de Porto Alegre

Fiquei muito tempo sem atualizar o blog por causa da faculdade. Em compensação vou postar aqui um trabalho de conclusão que fiz para a cadeira de História do Rio Grande do Sul na FABICO/UFRGS. Vou publicar algumas partes conforme o dia. Antes de mais nada vou deixar todas as referências neste post já que é muito extenso e foram usadas diversas matérias de época e ficaria trabalhoso estar separando conforme os capítulos.

P.S.: Os jornais e a revista encontram-se no acervo do Arquivo Histórico de Porto Alegre.

REFERÊNCIAS:

A CIDADE EM FESTAS REVIVE A TRADIÇÃO DE DOIS SECULOS. Correio do Povo, Porto Alegre, p.14, 6 nov. 1940.

 

ALBERTO, André. Porto Alegre: de povoado a metrópole em 200 anos. Correio do Povo, Porto Alegre, p.17, 26 mar. 1972.

 

ALVES, José Francisco. A escultura pública de Porto Alegre: história, contexto e significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

 

AS COMMEMORAÇÕES DO BI-CENTENARIO DA CIDADE. Correio do Povo, Porto Alegre, p.2, 10 nov. 1940.

 

AS HOMENAGENS DA CIDADE AO PRESIDENTE DA REPUBLICA. Correio do Povo, Porto Alegre, p.24, 17 nov. 1940.

 

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DOS VAREJISTAS. Aviso. Correio do Povo, Porto Alegre, p.1, 5 nov. 1940.

 

BUBLITZ, Juliana. O fotógrafo que viu dois bicentenários da capital. Zero Hora, Porto Alegre, p.4-5, 26 mar. 2009.

 

CHEGA, HOJE, A ESTA CAPITAL O PRESIDENTE DA REPUBLICA. Correio do Povo, Porto Alegre, p.2, 12 nov. 1940.

 

COMEMORA-SE O BI-CENTENARIO DE PORTO ALEGRE. Revista do Globo, Porto Alegre, ano 12, n.285, 30 nov. 1940.

 

CREADO UM SIMBOLO, COM ROUPAGENS, BOTAS, CHAPÉO E BASTÃO DE CAMINHANTE. Correio do Povo, Porto Alegre, p.2, 18 nov. 1940.

 

DEPARTAMENTO CENTRAL DO BI-CENTENARIO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.2, 9 nov. 1940.

 

DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, Catolicismo e Gauchismo. Porto Alegre: EdiPUCRS, 2002.

 

EM PORTO ALEGRE O CHEFE DA NAÇÃO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.16, 13 nov. 1940.

 

FEIRA DE TINTAS 1940. Correio do Povo, Porto Alegre, p.10, 3 nov. 1940.

 

FRANCO, Sérgio da Costa. Porto Alegre: Guia Histórico. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2006.

 

III CONGRESSO SUL-RIOGRANDENSE DE HISTORIA E GEOGRAPHIA. . Correio do Povo, Porto Alegre, p.12, 5 nov. 1940.

 

MACEDO, Francisco Riopardense de. Porto Alegre, história e vida da cidade. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1973.

 

MONTEIRO, Charles. A invenção da história de Porto Alegre. In: KRAWCZYK, Flávio(Org.). Da necessidade do Moderno: o futuro da Porto Alegre do século passado. Porto Alegre: UE/Secretaria Municipal da Cultura, 2002, p.13-33.

 

O AMIGO NÚMERO UM DE PORTO ALEGRE. Revista do Globo, Porto Alegre, ano 12, n.285, 30 nov. 1940.

 

O GOVERNO DO ESTADO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.1, 12 nov. 1940.

 

PARA AS FESTAS DO BICENTENÁRIO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.3, 3 nov. 1940.

 

PERSPECTIVAS DA CIDADE. Revista do Globo, Porto Alegre, ano 12, n.285, 30 nov. 1940.

 

PORTO ALEGRE COMMEMORA COM IMPONENTES DEMONSTRAÇÕES O SEGUNDO SECULO DE SUA COLONISAÇÃO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.7, 6 nov. 1940.

 

PORTO ALEGRE COMMEMORA, HOJE, O BI-CENTENÁRIO DE SUA COLONISAÇÃO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.11, 5 nov. 1940.

 

PORTO ALEGRE TRIBUTOU EXCEPCIONAES HOMENAGENS AO PRESIDENTE GETULIO VARGAS. Correio do Povo, Porto Alegre, p.3, 13 nov. 1940.

 

POSIÇÃO DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO. Correio do Povo, Porto Alegre, p.17, 26 mar. 1972.

 

PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. Caminhos abertos. Correio do Povo, Porto Alegre, p.9, 26 mar. 1972.

 

SILVA, José Loureiro da. Convite à População. Correio do Povo, Porto Alegre, p.1, 5 nov. 1940.

 

SILVA, José Loureiro da. Convite à População. Correio do Povo, Porto Alegre, p.1, 11 nov. 1940.

 

SILVA, José Loureiro da. Convite à População. Correio do Povo, Porto Alegre, p.3, 12 nov. 1940.


sexta-feira, 28 de maio de 2010

Casa Masson - A Casa dos Bons Relógios


Propaganda de 1940 da clássica loja que funciona até hoje em Porto Alegre.

Fonte: Revista do Globo, ano XII, nº 285 de 30/11/1940. Disponível para consulta no Arquivo Histórico Moysés Vellinho.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Calçados da Casa Danilo

Pequena imagem publicitária na Revista do Globo.


"CALÇADOS? NÃO PENSE!

Só da CASA DANILO. É a casa que melhor sortimento tem e mais barato vende.

BRAÇANÇA 226"

A antiga Rua da Bragança é a atual Marechal Floriano.

Fonte: Revista do Globo, ano XII, nº 285 de 30/11/1940. Disponível para consulta no Arquivo Histórico Moysés Vellinho.



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Os Prêmios do Grêmio em 1972


O time do Grêmio sempre organizou espécies de loterias para receber fundos extras. Nesta imagem tirada do Correio do Povo de 26/03/1972 aparecem todos os prêmios da época que eram oferecidos. Maravilhosos modelos automotivos como o Ford Galaxie, Chevrolet Opala e o Ford Corcel eram sorteados entre os participantes. Também haviam os aparelhos televisivos a cores e em preto e branco, rádios e até apartamentos. Vale a pena ver a imagem em maior resolução (clicando sobre ela) para apreciar os detalhes dos desenhos das premiações.

Fonte: Correio do Povo de 26/03/1972. Disponível para consulta no Arquivo Histórico Moysés Vellinho.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Grenal de 1972 Pela Rádio Guaíba


Imagem retirada do Correio do povo de 26/03/1972 (dia do aniversário da cidade e do segundo bicentenário). Vale ressaltar a equipe de reportagem formada por ícones como Ruy Carlos Ostermann, Lasier Martins, João Bemonte, Lupi Martins e Antônio Augusto. Outra curiosidade é do modelo estereotipado utilizado que segura um grande rádio de pilhas e uma garrafina de Coca-cola.

Fonte:

Correio do Povo do dia 26/03/1972, p.64. Disponível para consulta no Arquivo Histórico Moysés Vellinho.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Monumento Para o Doutor Mário Rigatto

Homenagem localizada no cruzamento entre a Avenida Ipiranga com a Rua São Luís, em uma travessa que leva o nome do homenageado. O Doutor Mário Rigatto (28/12/1928 - 17/1/2000) foi uma grande figura da medicina no Rio Grande do Sul. Era dedicado ao ensino e a pesquisa e foi um dos implementadores da Residência Médica nos cursos de medicina na região sul. Seu foco era em relação às doenças pulmonares. Acabou transformando-se em um grande inimigo do tabagismo, tal assunto é que o monumento aborda. A obra executada por Glória Corbetta apresenta um cigarro feito em aço pintado. Um grande xis vermelho simboliza a luta do médico contra o respectivo vício da nicotina. Vale ressaltar que na ponta do símbolo existe uma gravata, ela era uma espécie de marca registrada do homenageado. Havia uma placa no chão que já foi furtada onde existia o seguinte texto:

"Homenagem da população de Porto Alegre ao

eminente médico e exemplar professor universitário

Mário Rigatto, cuja dedicada ao ensino, à

pesquisa e à luta contra o fumo deixaram marcas

indeléveis que nem o tempo poderá apagar.

Porto Alegre, 31 de maio de 2001

Dia comemorativo da Campanha Internacional Antitabagista".

(ALVES, José Francisco: 2004, p.194)


Localização

Fotografia do médico com a sua característica gravata.

Monumento

Fontes:

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre – História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

Mário Rigatto, meu Mestre. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2000000100009 de Carlos A. M. Gottschall. Acessado em 30/04/2010

Imagem do médico retirada de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2000000100009 Acessado em 30/04/2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O Tiradentes de Vasco Prado

Uma representação única de Joaquim José da Silva Xavier encontra-se na frente da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul. Trata-se de uma estátua toda feita em aço inoxidável e inaugurada em 30/11/1976. A idéia original do monumento para Tiradentes foi feita por via de concurso público da ALERGS. Neste houve apenas dois participantes inscritos e acabou sendo anulado. Com isso o artista Vasco Prado foi convidado para construir a homenagem.

*** 

Prado queria construir um monumento que saísse das representações clássicas de Tiradentes com o laço no pescoço. A estátua enfatiza uma visão sobre a atitude contestadora do homenageado. Nela existem 3 bocas e a figura está segurando uma imensa flor (normalmente aparece empunhando uma espada). Na parte inferior existe uma frase do vulto: “Dez vidas / eu tivesse / dez vidas eu/ daria...”.

***

O monumento tem grande valor cultural pelas suas características distintas. Até mesmo toda essa mudança foi criticada pelo Movimento de Defesa do Acervo Cultural Gaúcho. O polêmico ser encontra-se muito bem conservado, o único problema é uma árvore que tira uma parte da visão sobre a estátua.


Fonte:

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre – História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Antigo Marco da Jerônimo de Ornelas

A Avenida Jerônimo de Ornelas possui um monólito de granito porto-alegrense na altura do cruzamento com a Avenida João Pessoa. Quem passa por ele não acha o motivo da sua existência, alguns até pensam que foi um antigo pedestal de busto. Porém, ele nada mais era que o marco de inauguração da referida rua, criada em 29/12/1941, cuja placa comemorativa foi roubada há anos. Só podemos notar a existência da antiga chapa através da visualização de buracos dos parafusos que o local continha. Atualmente o marco serve apenas para encostar o lixo da vizinhança, a placa tinha os seguintes dizeres:

“Av. Jerônimo

De Ornelas

Inaugurada

Pelo Sr.

Cel. Oswaldo Cordeiro

De Farias

Interventor Federal

Sendo Prefeito o

Dr. José Loureiro

Da Silva

A construção desta

Avenida saneou

Extensa zona

Construída por

Pântanos insalubres”

(ALVES, José Francisco: 2004, p. 217)


Detalhe dos buracos onde era fixada a placa.




Fonte:

 

ALVES, José Francisco. A Escultura Pública de Porto Alegre – História, Contexto e Significado. Porto Alegre: Artfolio, 2004.